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Writer's pictureAlex Gonzalez

O Futuro dos Computadores

Updated: Sep 24, 2021

Análise do texto de Marc Weiser: "The world is not a desktop." de 2006



O texto de Merc Weiser fala sobre o futuro dos computadores, e como o conceito de invisibilidade é importante para eles se tornarem verdadeiramente bons como ferramentas. Invisibilidade no sentido da inconsciência, de que quando você utiliza a ferramenta para chegar a um resultado, você não presta atenção e nem pensa na ferramenta, apenas tendo em mente a tarefa a ser realizada.


O texto utiliza alguns parágrafos pra falar o porque as concepções atuais de computadores do futuro não são efetivas dentro desse conceito de invisibilidade, mas antes de abordar esses parágrafos, eu gostaria de explicar uma crítica ao texto.


Não sei se foi uma falha minha em captar o elemento central, mas lendo o texto inteiro eu não consegui entender exatamente o que ele queria propor no âmbito dos computadores dentro dessa invisibilidade, já que ele não propõe nenhum exemplo de uma ideia de computador que seria assim. Os exemplos que ele apresenta no 10º parágrafo de projetos com os quais ele trabalhou não se encaixam na descrição dele de interface inconsciente. Quando fui tentar ler melhor sobre os projetos pela revista que ele se refere, não pude acessá-la por ser paga. Nos parágrafos seguintes ele explica melhor essa invisibilidade como conceito, mas utilizando exemplos muito abstratos, como o conceito de infância, não trazendo nenhum exemplo tecnológico concreto.


Agora, analisando os parágrafos em que ele fala das concepções atuais de computadores do futuro. O primeiro é sobre multimídia e a TV integrada nos computadores, o que de certa forma é um conceito já antiquado, já que a maioria das pessoas atualmente não utiliza a televisão como usava em 2006, época em que o texto foi escrito. Apesar disso, esse elemento de multimídia pode ser traduzido para a época atual, em que utilizamos sistemas de streaming em nossos computadores para assistirmos séries, desenhos e documentários. Se tratando desse uso dos computadores, realmente não se encaixa o conceito de invisibilidade que o autor busca, porém atualmente estamos tão acostumados a assistirmos todos os tipos de coisas em nossos computadores, que não creio que a visualização desse tipo de entretenimento possa ser mudado para se encaixar nesse aspecto, pelo menos não em algum futuro minimamente próximo.


Em seguida ele fala de agentes inteligentes, que seriam as inteligências artificiais. Nesse parágrafo, ele apresenta o ponto de que agentes inteligentes se parecerem demais com seres humanos, como é imaginado em algumas ficções-científicas, não seria o ideal para essas tecnologias, o que é um ponto válido. Queremos realizar nossas tarefas o mais rápido e precisamente possível, e ter que estabelecer uma relação no meio que pareça com uma relação humana, muitas vezes ambígua e complexa, atrasa e complica desnecessariamente o processo. Porém, pelo ser humano ser um ser relacional, acredito que seja de mais fácil compreensão para a maioria se o dispositivo com o qual estamos nos comunicando tenha algumas características que simulem as nossas, pelo menos por enquanto. Se tratando dos comandos de voz que ele trata em um parágrafo separado, a forma como ele os trata parece bem antiquada, já que os comandos de voz atualmente conseguem realizar diversas tarefas de aplicativos individuais.


Na questão da realidade virtual, Weiser parece tomar como problema a questão dos movimentos com o corpo inteiro se tornarem meios de input e output, afirmando que seriam mais inputs a se considerarem e tomando essa realidade virtual como uma interface por si só.


No geral, o conceito de invisibilidade para ferramentas é muito interessante e realmente faz muito sentido, mas poderia ter sido dada mais concretude mostrando exemplos do que ele queria dizer no campo da computação. Dentro das concepções que ele aborda, eu discordo das partes do comando de voz e da realidade virtual. A realidade virtual por si só já é um universo com infinitas possibilidades, e caso misturado com comandos de voz pode criar uma realidade cuja interface é basicamente uma extensão de suas funções corporais, tornando-se uma ferramenta extremamente fácil de ser utilizada. Porém acredito que isso só se daria em um futuro um pouco mais distante.


Agora, se tratando da concepção do autor de ferramenta invisível utilizada inconscientemente, o conceito do chip neural como computador do futuro e ferramenta ubíqua é o mais próximo que consigo pensar como algo possível e provável para o nosso futuro. Apenas com pensamentos, poderemos realizar diversos tipos de tarefas. Ele já é presente em diversas ficções-científicas atuais, porém mais do que isso, ela já está sendo imaginada e inicialmente projetada nos dias atuais, como pode ser visto no Neuralink, do Elon Musk. Acredito que no futuro isso será uma ferramenta realmente invisível, que as pessoas utilizarão a cada segundo de seus dias inconscientemente, se tornando basicamente uma parte de nosso corpo.


Obrigado por lerem!


 

Referência:


WEISER, Marc. The world is not a desktop. NNN, 2006. Disponível em: www.nextnature.net/story/2006/the-world-is-not-a-desktop


Neuralink do Elon Musk:


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